Uma comunicação destrutiva, com palavras ofensivas, pode não deixar marcas físicas, mas gera feridas profundas, que podem afetar muito a vida de quem sofre a agressão.
É bom deixar claro que, numa discussão acalorada, todas as vezes em que uma das partes é violenta, insulta, xinga, humilha, debocha, grita e usa palavras grosseiras, ocorre uma agressão verbal. Quando ela é recorrente, existe o chamado Abuso Verbal.
Palavras têm grande impacto sobre todos nós. Elas podem derrubar, ferir, criar constrangimentos, subjugar e causar dores que afetam a clareza dos pensamentos, a autoestima, autoconfiança, crenças e emoções da vítima. Esses efeitos, se não cuidados, podem perdurar uma vida inteira. O agressão verbal é, por exemplo, uma das práticas mais comuns no bullying e dos relacionamentos abusivos.
Infelizmente, quando o abuso é cometido por alguém querido pela vítima, ela muitas vezes minimiza seus efeitos, justificando o comportamento do outro como sendo fruto de personalidade forte, por estar passando por um mau momento ou até afirmando que o agressor não quis dizer aquilo que disse.
Em uma relação em que há Abuso Verbal, é preciso entender que ambos - vítima e agressor - têm questões psicológicas a serem trabalhadas. A vítima precisa aprender a estabelecer limites e a resgatar a autoestima e autoconfiança, criando formas para sair daquela situação. O agressor, igualmente, pode ter no abuso a manifestação de um problema emocional, que pode ser resultado de insegurança, fragilidade e necessidade de controle do outro. Reconhecer o próprio problema poderá ajudar o agressor a lidar com estes conflitos - sem a necessidade de descontar suas dores no outro.
É um quadro de abuso em que todos saem perdedores. Mas é possível mudar. A psicoterapia pode ajudar muito nesta jornada de resgate do bem-estar e de preservação da saúde emocional, estabelecendo limites, promovendo diálogos e promovendo formas saudáveis de comunicação.
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